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  • Foto do escritorLeonardo Maia

Socorro, sou Dependente Afetivo! E agora??!!

Será sou dependente emocional?

Qual a causa da dependência emocional?


Como descubro se vivo em relações de dependência ou abusivas?


Todos nós nascemos, de uma maneira ou de outra, como seres muito dependentes dos cuidados de adultos. Isso evolutivamente se justifica pelo fato da nossa espécie privilegiar primeiramente o desenvolvimento cerebral intrauterino e posteriormente o físico logo após o final da gestação. Desta forma ao longo dos anos, podemos adquirir maturidade emocional e física por meio de nossas experiências, estímulos e vivências. Este seria o percurso ideal e esperado da evolução de um recém nascido até a idade adulta, entretanto pode ser que algumas fixações sejam formadas especialmente na primeira infância gerando efeitos complicadores no futuro.


Como efeito, algumas pessoas simplesmente não conseguem atingir a autonomia emocional necessária para enfrentar as situações de frustração que a vida adulta nos reserva, sejam elas simples ou complexas, é neste contexto que a dependência emocional se manifesta e pode ser sentida pelo paciente e por aqueles que estão próximos.


Causas:

Resumidamente, as causas mais comuns da dependência afetiva seriam situações de grande intensidade emocional, traumáticas ou marcantes interpretadas como abandono e que não puderam ser elaborados pela pessoa. Desta maneira elas continuariam presentes e se reatualizando nas diversas relações vivenciadas pelo sujeito. Em linhas gerais, isto pode ser sentido como uma necessidade constante da presença de alguém, da aprovação dos outros, do suporte externo para a tomada de decisões ou para nos sustentarmos emocionalmente diante de adversidades.


Perdas ou separações drástica e casos de mortes ou suicídio que não puderam passar pelo processo adequado de luto, provocam sentimentos de culpa e abandono nas crianças. A falta de uma figura de referência ou de um adulto minimamente estável que acolha esta dificuldade durante o momento mais crítico do crescimento, pode precipitar no futuro uma projeção desta sensação confusa de abandono em diversos campos da vida do paciente.


Além de eventos no passado, episódios de grande estresse emocional e mudanças repentinas e radicais que não puderam ser processadas internamente poderiam, da mesma forma, ser associadas à este sofrimento psíquico.


Desta maneira, as experiências no passado distante ou recente, podem direcionar uma pessoa a viver em constante ansiedade com medo de uma perda eminente, do abandono, da rejeição e da negligência. Alguns estudiosos chamam isso de angústia de separação e nós, psicoterapeutas, nos deparamos com pacientes que apresentam estes sintomas todos os dias.


Certamente você conhece alguém assim ou mesmo se reconhece nesta situação. Se este for o caso, recomendo que você leia o texto até o fim, quem sabe a ajuda esteja justamente em se informar melhor!


Para saber mais continue lendo ou faça contato pelo link logo abaixo.


Até certo ponto o comprometimento, o pertencimento à uma coletividade ou uma relação afetiva são saudáveis e nos trazem conforto pois sabemos que não estamos sozinhos na vida. Assim, ser espontâneo e ter autonomia para exercitar a liberdade e os próprios desejos é fundamental para que a personalidade não se confunda com estes elementos exteriores.


Se somos dependentes, provavelmente vamos escolher um “objeto” para preencher a percepção de vazio que caracteriza este tipo de angústia. Esta tentativa se dá por meio de uma pessoa, de grupos segmentados, das drogas ou pela busca constante aprovação e segurança.


Num relacionamento amoroso de dependência por exemplo, a necessidade da presença constante do parceiro(a) se mostra muitas vezes mais importante que os sentimentos de respeito, amor e afeto. Essa dinâmica influencia a relação como um todo pois traz consigo comportamentos de submissão, apego e tentativa de controlar o outro. De maneira consciente ou inconsciente o casal é capturado nesta dinâmica nefasta e surgem "jogos emocionais" sobre a fantasia de estar ou não sendo amado(a) e a expectativa de receber a tal “prova de amor” que pode nunca chegar.


Muitas vezes o relacionamento está péssimo e o casal insistentemente, se mantém em sofrimento e infelicidade. A consequência deste “arranjo afetivo” infeliz é que um dos amantes deixa de lado a sua própria vida para se dedicar integralmente à um relacionamento já em frangalhos.


Será que vale a pena tanto esforço? Poderia ser a hora de dizer basta e buscar ajuda para a mudança! Não estou falando de separação somente, mas de uma nova possibilidade de se relacionar!


Entretanto na prática não é bem assim, por estar constantemente fragilizado com os fantasmas do passado, o dependente se sustenta no pouco que tem, se contenta com migalhas afetivas e segue precarizando a sua própria autonomia.


Relativizando:

Apesar de ser algo difícil, temos que nos acostumar com o caráter transitório e variável das relações. Nada permanece igual para sempre e aquilo que idealizamos provavelmente não será exatamente o que vamos experimentar adiante. Uma amizade, um emprego, um namoro, um casamento, a vida propriamente dita têm sempre um lado fulgaz e instável. A busca pela felicidade está em se surpreender com o inesperado que traz consigo o frescor de novas possibilidades, pense nisso!


No entanto, o dependente afetivo lida com a hipótese do fim das relações como se estivesse sendo abandonado de fato, coloca-se como a vítima e o outro como o algoz. Ou seja, cria o enredo de que foi desprezado mesmo depois de ter feito tudo por alguém, tornando ainda mais a difícil a reparação da coisa em si.


As instituições, as empresas também podem ocupar esse caráter de segurança afetiva. Se por acaso houver uma demissão ou afastamento, isso acaba sendo interpretado como rejeição. Este episódio se torna um pesadelo para o dependente emocional patológico que esperava da instituição a segurança que não teve em diversas relações ao longo da vida. Assim a capacidade de resiliência que é justamente a possibilidade de superação dos traumas, a auto crítica e a relativização dos acontecimentos ficam profundamente comprometidos nesses casos. Um consequência complicadora possível inclusive, é a dificuldade de se reposicionar em um novo emprego.


Sintomas:

Os sintomas mais comuns que surjem são depressão, crises de ansiedade, pânico, isolamento, agressividade e projeção da responsabilidade em alguém ou algo específico.


Bem estranho não, se você se sente sufocado em ler esta descrição, imagine-se vivendo neste cenário repetitivo.


Um dependente afetivo pode ser controlador, agressivo, hipervigilante, obsessivo, violento contra o outro e contra si mesmo, para chamar atenção. Paradoxalmente, pode ainda ser passivo, demasiadamente dócil, submisso, infantilizado e extremamente obediente para evitar o abandono. Você se reconheceu em algum desses sintomas?


Tratamento:

O tratamento da dependência afetiva é basicamente realizado por psicoterapia podendo ou não ter algum suporte medicamentoso quando existe o agravamento do quadro. No caso de casais onde ambos são dependentes ou uma das pessoas se reconhece assim, a terapia de casal pode também ser uma excelente alternativa pois o terapeuta assume este lugar momentâneo de suporte emocional e aos poucos a autonomia pode ser conquistada.


Quando o paciente finalmente busca uma psicoterapia, geralmente é porque o problema já está instalado ha algum tempo. O profissional de psicologia fará uma pesquisa cautelosa sobre todas as possíveis causas da dependência afetiva, sejam em eventos da infância, nas primeiras relações com as figuras de cuidado ou em eventos recentes.


Neste percurso o paciente aprende a controlar sua ansiedade e tem a oportunidade de mudar o padrão dos relacionamentos. Adquire a capacidade de repensar e elaborar melhor seus comportamentos, avalia as origens de sua dependência e da sensação de abandono para finalmente, traçar uma nova postura diante dos aspectos que até então o amedrontavam. Isso se dá, preferencialmente, com o auxílio de um profissional gabaritado, treinado e com experiência neste campo.


Os efeitos de uma boa psicoterapia podem ser duradouros e, como consequência do tratamento, surgem o amadurecimento psíquico e emocional inclusive com melhora da autoestima e confiança do paciente. É comum observarmos também um efeito ampliado do tratamento na qualidade das relações, ou seja, o micro-universo que circunda o paciente tende a se harmonizar e novas perspectivas são desveladas.


Como pedir ajuda:

Para quem mora fora do Brasil ou em regiões afastadas dos grandes centros, a Psicoterapia online é também bastante promissora.


Se ao ler o texto você percebeu algo semelhante em você ou em alguém próximo, talvez seja o momento de buscar ajuda.

Acredite, é possível ser mais Feliz!


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