top of page
Foto do escritorLeonardo Maia

Resiliência e a reestruturação da vida em 2021


O que é resiliência?


É possível desenvolver a resiliência?


Como reestruturar a vida após uma crise?



Bom, muito se fala sobre este termo, mas afinal o que esta palavra significa e qual sua origem. Resumidamente, resiliência seria portanto a capacidade de recuperação de um ser humano após ser submetido a adversidades, luto, tristezas e catástrofes em seu percurso de vida.


Do latim, resiliens, refere-se a ideia de saltar para trás, ricochetear. No inglês, significa “elasticidade” , “capacidade rápida de recuperação”. Na física, o termo remete à resistência dos materiais que se deformam sem se romperem, muitas vezes associado a uma “vara de bambu” que pode ser completamente dobrada sem se romper, voltando em seguida a sua forma original.


Sempre que pensamos em resiliência, invariavelmente chegaremos à sua origem, no campo da psicologia por exemplo, existem diversos estudos e artigos a respeito do termo e sua aplicação na clínica, não sendo portanto um conceito novo. Porém nunca fomos tão demandados em acionar a nossa resiliência como na enorme crise vivida durante o ano de 2020 e não nos questionar: quais serão as marcas desta crise? Teremos resiliência para enfrentar o “depois”?


A ideia deste texto não é entregar respostas prontas, até porque elas não existem, mas sim trazer à luz questionamentos e maneiras de como atravessar esse período da melhor maneira possível.


Mesmo com a ideia de um novo ano, a simples alteração no calendário, não irá dissolver os problemas passados, claro que o tempo, a sedimentação e a elaboração dos sentimentos e impactos advindos de uma grande perturbação deveria vir naturalmente, entretanto muitas vezes precisamos de ajuda e apoio para encontrar meios de se fazer resiliente. Os grupos sociais dos quais participamos, relações afetivas, trocas simbólicas e mesmo uma psicoterapia, podem sim representar uma colaboração importante nessa jornada de superação.

Leia mais e descubra como…


Não sairemos iguais, mas então, como sairemos disso?


O ano de 2020, ressignificou nossos padrões de comportamentos: alterou a maneira como nos relacionamos com a família, com os amigos, mudou o modo como fazemos nossos trabalhos e abriu ainda mais espaço para as tecnologias digitais. Além do campo pessoal, uma crise financeira e política crescente foi reforçada, impactando diretamente a economia, a saúde, a educação e a vida social como um todo.


Estamos vivenciando uma situação completamente atípica e fora do comum, que demandou novas formas de representação dos nossos sintomas e sofrimentos e, para tanto, iremos precisar também de novas interpretações do mundo. Talvez a grande particularidade deste momento é que ele não é exatamente particular, ou seja, a crise nos colocou em de certa maneira em locais parecidos e se alastrou como uma onda por todo o planeta.


Mesmo em uma análise simplista e menos elaborada, posso afirmar que não sairemos iguais e isso é fato. A sociedade segue se transformando e sairá mudada desta jornada, cabe a nós refletir e nos posicionar sobre o quanto dessa transformação será positiva e o quanto irá nos afetar negativamente. Uma enorme parte da população tem experimentado incertezas e inseguranças a respeito do futuro, entretanto, a crise não revela apenas vulnerabilidades mas também oportunidades de recomeçar, reinventar-se e aperfeiçoar-se.


Aqui no blog, já falamos sobre como cuidar da sua saúde mental em tempos de pandemia, e hoje abordaremos o que é preciso para se reestruturar no “novo normal”.


Como se adaptar à nova realidade?


Aqui entra a importância da resiliência e de ser capaz de se recuperar dos desafios e contingências que a vida impõe ao nosso caminho. A pandemia não é a única adversidade que você irá enfrentar e não basta que ela acabe para voltarmos ao que éramos antes.


A resiliência se faz necessária em diversos instantes, por exemplo: você já se encontrou em um momento em que tudo parecia estar se caminhando bem, seu trabalho sendo valorizado, relacionamentos saudáveis, boa saúde e de repente algo muito inesperado aconteceu e as coisas saem “dos trilhos”? Situações como perda de entes queridos, acidentes limitantes, saúde mental abalada, descontrole financeiro, decepções afetivas ou amorosas entre outros exigem nossa elasticidade, como no exemplo do bambu, que apesar de se envergar não se quebra. Devemos nos lembrar que em algum momento logo à frente, poderemos novamente retomar a nossa estrutura equilibrada e vitalizada, e é aqui que a resiliência importa!


Se você não se considera uma pessoa resiliente, calma, é possível reconstruir pilares e desenvolver resiliência. Para ajudar nesse processo selecionei algumas dicas. Saiba mais:


  • Primeiramente, é fundamental viver no presente. Procure não ficar remoendo o que poderia ter acontecido se a situação não tivesse ocorrido. Esse tipo de pensamento é ilusório, refletir é importante mas a ruminação mental vai drenar ainda mais sua energia e não trará melhoras efetivas à realidade;

  • Tenha em perspectiva outros momentos que você superou dificuldades. Você pode fazer isso novamente e conte com seus recursos emocionais internos;

  • Busque ter flexibilidade para mudar seus planos e metas. O caráter da vida é transitório e é preciso encontrar meios de seguir após uma reviravolta;

  • Desenvolva sua autoconfiança e autocontrole emocional;

  • Cuide da sua saúde física e mental, através de hábitos saudáveis;

  • Conte com o apoio e afeto das pessoas queridas à sua volta;

  • E por incrível que pareça, desista! Sim, desista de mudar o imutável, de lutar contra aquilo que você não poderá vencer, de brigar com quem não quer paz e de amar quem não te ama. Siga adiante, em um novo horizonte buscando novas possibilidades e relações mais saudáveis.


Conte com a ajuda da psicoterapia


O ano de 2021 está chegando e seja qual for a mudança que surgir, precisamos estar preparados. Além de todas as dicas que podem ajudar a desenvolver a resiliência, contar com a psicoterapia pode fazer toda a diferença nesses momentos.


O acompanhamento psicoterapêutico trabalha especialmente com o desenvolvimento e reforço de um ego mais adaptado às mudanças constantes pelas quais passamos, melhora o nível de funcionamento psíquico do paciente, reforça aspectos saudáveis da personalidade para a construção de narrativas inovadoras e em alguns casos proporciona inclusive mudanças estruturais na personalidade. Estas transformações são possíveis por meio de uma relação vincular positiva de suporte e confiança que permite a elaboração e enfrentamento das situações multifatoriais de crises, depressões, adoecimento mental e luto.


Como efeito, há uma melhoria sensível da autoestima e confiança do paciente possibilitando vislumbrar caminhos que ultrapassem os desafios com recursos próprios e dentro do princípio da realidade. Outros benefícios que percebemos são a melhora da qualidade das relações interpessoais, o fortalecimento psíquico e emocional, o autoconhecimento, melhoria da capacidade de defesa frente às adversidades e situações abusivas.


Se você conhece alguém que tem enfrentado dificuldade em enxergar perspectivas para o futuro ou se percebe nesta situação, talvez você queira saber mais sobre como desenvolver a resiliência.


Para mais informações, orientações ou psicoterapia, entre em contato.

Clique aqui para enviar um e-mail ou WhatsApp.

Siga meu perfil no Instagram: @leonardomaia_psi

Comments


Inscreva-se para receber os novos textos deste site!

bottom of page